Vencendo o Medo que Enterra Talentos

A tragédia do terceiro servo não foi a preguiça, mas uma teologia distorcida. Sua frase, "eu sabia que o senhor é um homem severo", revela que ele via seu mestre como um tirano, não como um investidor generoso. Esse medo (phobeo, em grego, um terror que espera punição) é o fruto tóxico de uma imagem incorreta de Deus. Ele paralisa, pois nos faz focar mais na possibilidade de castigo do que na alegria da parceria. Quantos de nós enterramos nossos talentos não por falta de capacidade, mas por servirmos a um "deus" que nós mesmos criamos à imagem de nossas inseguranças? A verdade do Evangelho nos liberta dessa prisão. Não recebemos "espírito de escravidão para outra vez estarmos em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos" (Romanos 8:15). O perfeito amor do Pai, que nos vê como filhos e co-herdeiros, lança fora o medo e nos dá a ousadia para arriscar, investir e multiplicar para a Sua glória.

“No amor não há medo; ao contrário, o perfeito amor expulsa o medo.” (1 Jo 4:18a NVI)

Reflexão: Qual mentira sobre o caráter de Deus (Ele é severo, ausente, está sempre desapontado...) tem alimentado seu medo de agir?

Oração: “Pai, em nome de Jesus, perdoa-me por acreditar em mentiras sobre Ti. Inunda meu coração com Teu perfeito amor, expulsa o medo e cura a minha visão do Teu caráter. Quero servir-Te como um filho amado, não como um escravo apavorado. Amém.”

Desafio Prático: Dê um passo de fé justamente na área onde o medo o detém (ex.: enviar um currículo, ofertar, iniciar uma conversa difícil), declarando em voz alta: "Ajo como filho, não como escravo".