Go'el, Nosso RedentorExemplo

O Go’el: Um Chamado de Amor e Responsabilidade

A figura do go’el no Antigo Testamento está profundamente enraizada no conceito de aliança e família. Não se trata de um ato meramente legal ou impessoal, mas de uma responsabilidade que nasce do amor e do compromisso com o próximo. Quando um israelita caía em necessidade — seja perdendo suas terras ou sendo vendido como escravo — era o go’el, o parente redentor, quem deveria agir.

Essa função não era facultativa. Era um dever sagrado, reflexo do próprio coração de Deus. O parente mais próximo tinha o direito e a obrigação de intervir, mesmo que o custo fosse alto. Seu objetivo era restaurar a dignidade, manter a herança e preservar a linhagem familiar. O go’el não permitia que a história de alguém terminasse em fracasso ou esquecimento.

Nos tempos modernos, somos constantemente tentados a terceirizar a dor dos outros, a ignorar a miséria alheia como se não fosse nossa. Mas Deus nos chama a sermos como o go’el: presentes, ativos, compassivos. Quando vemos um irmão caído, não podemos permanecer neutros. A neutralidade em tempos de crise é omissão.

Jesus Cristo, nosso Go’el perfeito, não ficou no céu observando nossa ruína. Ele desceu, se fez carne e pagou o preço. Esse é o padrão do amor redentor.

Reflexão:
A quem Deus está me chamando a ser um go’el hoje? Há alguém que precise do meu apoio, da minha palavra ou do meu resgate?

Oração:
Senhor, abre meus olhos para ver quem precisa de mim. Que eu tenha coragem de agir com amor, como Tu agiste por mim. Amém.