Sem Conversão Não Há Salvação - Parte 02Exemplo

DIA 07
Afinal de contas, o que é CONVERSÃO?
7 – CONVERSÃO É abandono da justiça própria
Dentre os aspectos que exigem uma rejeição ativa por parte de quem foi verdadeiramente convertido, este é, sem sombra de dúvidas, o mais perigoso. Dificilmente alguém tropeça em grandes pedras – elas são visíveis. Mas quem nunca tropeçou em pequenas pedras, quase sempre bem afiadas e invisíveis no caminho?
Enquanto o pecado e satanás (com suas influências malignas e demoníacas) são facilmente identificáveis, a justiça própria se esconde ardilosamente sob um manto de santidade. Tal como pedrinhas afiadas pelo caminho, ela faz muitos tropeçarem e se ferirem gravemente – e isso não é exagero. Você já ouviu o ditado: “de boas intenções, o inferno está cheio”? Pois é. O inferno está repleto de pessoas cheias de justiça própria.
Até ser genuinamente convertido, como Adão e Eva após o pecado, o ser humano tenta cobrir sua vergonha com folhas de figueira, acreditando que pode santificar-se pelos próprios esforços (Gênesis 3:7). Ele tenta de tudo, menos se submeter à justiça de Deus (Romanos 10:3). Seu foco está sempre nele mesmo; nunca em Deus.
Para um grupo de pessoas que confiavam nessas mesmas coisas, que se julgavam boas, estavam satisfeitas consigo mesmas e desprezavam os outros, Jesus contou “A Parábola do Fariseu e o Publicano” (Lucas 18:9-14).
Nessa parábola, dois homens vão orar. O primeiro – um fariseu – se perde em autoelogios: “EU não sou como os demais homens; EU não sou ladrão; EU não sou injusto; EU não sou adúltero; EU jejuo regularmente; EU dou o dízimo de tudo que ganho.” Ele repete incansavelmente “EU, EU, EU”. Isso é tudo o que ele consegue enxergar. O seu padrão de comparação é sempre quem é considerado inferior.
Já a oração do outro homem – um publicano – é simples e direta. Ele não tem virtudes para apresentar, então se entrega única e exclusivamente à misericórdia de Deus. Como Isaías, ele exclama: “Ai de mim” (Isaías 6:5). Como Davi, clama: “Purifica-me dos meus pecados, pois foi contra Ti que pequei” (Salmo 51:1-13).
O verdadeiro convertido, ao olhar para Cristo – o padrão perfeito – percebe que sua própria justiça não passa de trapos imundos (Isaías 64:6). Como o publicano, tudo o que lhe resta é um COMPLETO E ABSOLUTO ABANDONO de toda confiança em si mesmo, seguido de um clamor desesperado por salvação: “Deus, tem misericórdia de mim, pecador”! (Lucas 18:13).
A parábola termina com Jesus declarando: “Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18:14b). Assim, o fariseu, justo aos próprios olhos, volta para casa como injusto, enquanto o publicano, confessando e reconhecendo sua injustiça, volta para casa como justo.
A mensagem é clara: JUSTIÇA não é algo que podemos produzir; é um presente de Deus. Somos justificados (feitos justos) UNICAMENTE PELA JUSTIÇA DE CRISTO. Ele é a nossa justiça. Por isso, olhemos somente para CRISTO, confiemos somente em CRISTO, gloriemo-nos somente em CRISTO! (1ª Coríntios 1:30-31).
ORAÇÃO:
Senhor, confesso que muitas vezes confiei em meus próprios esforços e me enchi de justiça própria. Reconheço que sou pecador e que minha única esperança está em Ti. Obrigado porque, em Cristo, fui justificado. Ajuda-me a abandonar toda confiança em mim mesmo e a viver confiando apenas na Tua graça. Que minha vida reflita Tua justiça e Teu amor, e que eu glorifique Teu nome em tudo o que fazer. “Porque é pela graça que somos salvos, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
Em nome de Jesus, amém.
Sobre este Plano

Na primeira parte da nossa série, exploramos o que NÃO é conversão, destacando práticas e conceitos que, infelizmente, oferecem uma falsa segurança a muitas pessoas. Agora, nesta segunda parte, vamos nos aprofundar no que é a VERDADEIRA CONVERSÃO. A verdadeira conversão é uma obra transformadora de Deus que atinge todas as áreas da nossa vida. Não se trata de meras mudanças superficiais, mas de uma transformação completa e radical do nosso coração, mente e ações. É um novo nascimento espiritual, onde deixamos para trás o velho homem e nos revestimos do novo, criado segundo Deus, em justiça e santidade.
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Gostaríamos de agradecer ao Igreja Reformada Vertical por fornecer este plano. Para mais informações, visite: verticaligreja.com.br
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