Generosidade DisruptivaExemplo

Se você perguntasse a qualquer cristão se a generosidade é importante, quase todos diriam que sim. Mas a verdade é que poucos de nós param para entender o quanto a generosidade está no centro da narrativa bíblica — não como um detalhe, mas como um reflexo do próprio caráter de Deus.

Desde Gênesis, vemos um Deus que cria com abundância e entrega tudo ao ser humano com liberdade e responsabilidade. Deus não nos fez para reter, mas para administrar e compartilhar com sabedoria, como bons mordomos.

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo faz um verdadeiro tratado sobre generosidade em 2 Coríntios 9. Ele nos lembra que quem semeia pouco, colhe pouco — e que Deus ama quem dá com alegria.

Deus não deu apenas algo valioso — Ele se deu completamente. A cruz é o ato mais radical de generosidade da história. Jesus também nos convida a reavaliar onde está o nosso coração. Podemos entender em Mateus 6 que o nosso extrato bancário revela muito mais sobre nossa fé do que imaginamos.

E se você acha que isso é coisa para gente muito rica, olhe para a Igreja primitiva: pessoas simples que, por amor, vendiam propriedades e bens para que ninguém passasse necessidade (Atos 2). Não era uma imposição. Era o fruto natural de uma fé viva.

Aqui vale uma provocação: embora o Brasil seja uma cultura mais coletiva e relacional que a norte-americana, algo curioso acontece quando comparamos como cada sociedade lida com a prosperidade.

Nos Estados Unidos, uma cultura mais individualista, quando alguém ascende economicamente, muitas vezes reconhece que não chegou lá sozinho. Há um senso de gratidão que se traduz no famoso conceito do give back — devolver à sociedade, contribuir para que outros também tenham oportunidades. Já no Brasil, o discurso é outro: “Eu tinha tudo para dar errado mas, apesar do Brasil, eu venci”. E o resultado? A tendência é de acumular para proteger, muitas vezes focando apenas em garantir o bem-estar da própria família. Eu mesmo tenho amigos cuja meta de vida é acumular o suficiente para que seus netos não precisem trabalhar.

Mas será que isso é compatível com o Reino de Deus? Será que esse é o legado que Jesus nos chama a deixar? Está de acordo com as histórias que acabamos de ler nas Escrituras?

Jesus não viveu para garantir conforto às próximas gerações da sua família. Ele se esvaziou, viveu para servir, e nos chamou a fazer o mesmo.

A generosidade bíblica não é sobre caridade aleatória. É sobre viver em aliança com Deus e com o próximo, colocando os recursos a serviço do Reino. A generosidade bíblica é disruptiva!

Amanhã, você vai conhecer histórias reais de pessoas e famílias que estão transformando o mundo com sua generosidade — e vai perceber que você também pode fazer parte disso.

Vamos orar juntos?

“Deus, tu és um Deus generoso. Me ajude a não cair nessa cilada cultural de achar que eu venci socialmente, pois eu não tenho nada, é tudo Teu. Que a cada dia que passe o teu Espírito Santo possa me ajudar a compreender mais o que a Bíblia diz sobre viver uma vida em generosidade - e que esta compreensão se transforme em ações práticas, para a honra e glória do Seu nome. Amém!”