Sermões Escolhidos - 05Exemplo

A BATALHA DA FÉ - A SOBERANIA DE DEUS!!

O filho de John Lennon em entrevista, há pouco tempo atrás, respondeu sobre como ele se sentia sendo filho de pai tão famoso. Respondeu friamente: “Meu pai falava muito sobre paz e amor, mas eu não conheci nenhum dos dois”. O mundo tem visto muito discurso politicamente correto e ações, que nada têm a ver, com os padrões proclamados.

Os cristãos têm que assumir a verdade como ela se apresenta: ela nos conforta, mas também ela nos expõe. Para isso, a igreja cristã tem que enfrentar dois inimigos: o externo, ou seja, a ideologia política, o contexto da vida, os sistemas sociais..., e o interno, que se trata da infiltração de falsas doutrinas, como o legalismo, o gnosticismo, as indulgências, as relíquias, o liberalismo moderno. Tanto os inimigos internos como os externos são contrários à fé em Cristo Jesus, somente. Mas a simplicidade do cristianismo, sem dúvidas, derrotou e vai derrotas todos os inimigos! A igreja é vencedora!

No texto proposto, Judas fala sobre a batalha do evangelho, um luta que tem o ataque, para conquistar corações, e defesa, para que se preserve o que foi conquistado. Na época havia outro evangelho e doutrinas heréticas sendo pregadas, e por isso era preciso defender o Evangelho do Reino.

Pense bem... O que isso tem a ver conosco hoje? Na época da Reforma Protestante, isso tudo já não fora acertado? Afinal, a geração da reforma teve que conquistar liberdades, das quais desfrutamos hoje, não é?

Na verdade ainda hoje precisamos lutar pela fé evangélica e reformada, e a igreja precisa estar sempre se reformando. Mas, pelo que lutamos? Precisamos defender o que, exatamente?

Defendemos a necessidade de uma experiência pessoal com Cristo!

Na época de Judas algumas doutrinas estavam desviando ideias e confundindo a mente dos cristãos, pois o foco de seus pensamentos não era Jesus Cristo; e isso entrava dissimuladamente na igreja. E hoje, como é isso?

Hoje temos muitos movimentos e doutrinas que, da mesma forma, estão minando a igreja cristã evangélica. O movimento de crescimento de igrejas, que pretende um crescimento dentro de uma classe ou grupo social, não é bíblico, mas parece muito normal aos olhos de muitos crentes.

A ideia de uma igreja que cura, tão somente, não deixa o foco sobre Cristo mas, sobre a igreja em si, e as experiências dos seus líderes ou “donos”. O domínio precisa ser de Jesus e não da igreja; lembremo-nos que na época da reforma a igreja “mandava” e o povo escravizado, obedecia... Mas não era feliz!

Lembremo-nos que a igreja não faz o que Cristo faz, mas o foco está nela, em muitas oportunidades. Sabemos que o poder corrompe e a igreja pode ser corrompida, como já o foi, na história passada. O único caminho para o Evangelho, é a cruz de Cristo!

A igreja é uma bênção, mas Jesus Cristo é o Senhor! “Quem é Jesus Cristo?”, foi a pergunta. “Eu estou apaixonado por Jesus Cristo”, foi a resposta. Só mesmo uma experiência pessoal com Ele pode mudar nossa vida!

A fé reformada crê: Cristo em primeiro lugar! Só Cristo!

Defendemos a soberania de Deus!

Não podemos apresentar a Deus somente a nossa religiosidade naquele último dia; cuidado para que não tentemos apresentar um excesso de presbiterianismo, por exemplo. Deus deve ser soberano sobre a igreja, mas o Deus que algumas igrejas apresentam hoje, não é o Deus da Bíblia, mas é supostamente é revelado apenas a alguns iluminados. Não se pode aceitar uma revelação extra bíblica, na certeza de que o milagre do êxtase, nada vale por si só. Essas revelações particularizam a ideia sobre Deus e O confinam a descrições muito pequenas. Mas Deus é soberano!

Muitos homens que sentiram presença de Deus não resistiram à experiência: Isaías (Isaías 6.1-5), Moisés (Êxodo 3.4-6), João, Tiago e Pedro (Mateus 17.1-8), Paulo (Atos 9.3-6)! O temor do Senhor se manifestou nestas pessoas, mas alguns líderes atuais, têm uma intimidade tal com Deus, que mais se prestam para a comercialização da fé e para a manipulação de multidões. Temos que servir a Deus com temor e tremor.

A Bíblia nos revela um Deus que é gracioso, mas cuja graça custou o preço do sangue derramado, por Cristo, na cruz. Deus é gracioso mas é, antes de tudo, soberano, assim como prega a fé reformada. Ele faz e desfaz, a um exalta a outro abate! (Salmos 75.6-9).

Mudança de vida, cura, e outros “milagres” não são, por si somente, o genuíno evangelho de Cristo. A soberania de Deus sobre todas as coisas nos ensina que, Ele não pode ser usado por líderes atuais ou no passado.

A fé reformada respeita o Senhor Deus como soberano que é, e por isso precisa ser restaurada. A graça vale mais que tudo!

Defendemos o sacerdócio universal dos crentes!

O texto diz que a fé foi entregue aos santos... Que santos são estes? São os crentes em Jesus que têm, pela graça, o direito ao sacerdócio universal; se no Antigo Testamento o sacerdote era um homem separado para este ofício, no Novo, os crentes são sacerdotes (I Pedro 2.4-12).

Mas hoje, as novas tendências de igrejas diversas, pregam que precisa haver um grupo de líderes que abençoa e outro grupo de fiéis que recebem bênçãos; um pede outro dá; muito parecido com o que ocorria na época da reforma. Isso não é bíblico, e pode entrar dissimuladamente no meio do povo de Deus! Somos todos sacerdotes pois o véu da separação foi rasgado pela morte de Cristo (Mateus 27.50).

A nossa condição de sacerdotes nos obriga a usar nossos dons para abençoar pessoas da nosso comunidade; não podemos pensar numa religião de vida mansa! É preciso fazer alguma coisa: orar, visitar, ajudar, contribuir, ler a Palavra, ensinar, discipular, visitar hospitais e prisões, distribuir folhetos, liderar, cantar, executar o trabalho infantil, enfim... O sacerdócio não é de poucos, não é de um grupo seleto, mas, isso sim, é do povo de Deus.

CONCLUSÃO

Jesus não nos salvou do pecado somente, mas também nos salvou para o trabalho na comunidade. Deus quer te usar, apesar de suas limitações! O povo cristão precisa acordar para a necessidade do trabalho.

Amém?

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

1-Qual o maior inimigo da igreja hoje?

2-“Temor a Deus” – o que significa para você? (II Cor 5.10-11; Hb 12.28-29).

3-Em qual atividade da Igreja você se sente chamado a colaborar

Reflexão feita pelo Rev. Daniel Rocha Alves de Sousa em 30/10/05.