'Causos' de Família - 02Exemplo

NADINE CHANVILLARD
Eis que estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz ... - Apocalipse 3.20a
Afinal nós recebemos nossa nova filha, uma jovem estudante que veio para o Brasil fazer intercâmbio cultural e que vai ficar hospedada em nossa casa. Foram muitos os preparativos e grande a expectativa de todos, mas finalmente tudo deu certo, e Deus nos mandou uma menina amorosa, meiga e obediente. O nome dela é Nadine, a belga que veio de longe... Veio de Bruxelas. No relacionamento com ela todos nós temos aprendido muito. Aprendemos sobre uma nova forma de convivência, sobre a cultura de sua terra, sobre a língua francesa, sobre costumes europeus e muito mais. Ela com certeza também tem aprendido bastante conosco.
No começo foi uma grande alegria, para ela principalmente, afinal tudo era novidade. Até que um dia a saudade apertou e a Nadine começou a ficar triste; já haviam se passado trinta dias desde que ela chegara. Imagino o que lhe ia no coração: saudades do pai, das irmãs, dos colegas, da terra, enfim, de tudo. E tudo isso foi somado às dificuldades em se comunicar e ao desespero por não poder falar conosco ou outras pessoas sobre suas incertezas e sua tristeza.
Aconteceu então um telefonema de seu pai, o Etienne, que por alguma razão, ela não pode atender. Então somaram-se horas de angústia e tentativas, até que finalmente ela conseguiu falar com o pai. Foram só lágrimas, emoção latente, olhos vermelhos, coração pulsando mais rápido, saudades! Lembro-me bem de que a Nadine ficou emotiva até a noite. Após o culto em nossa Igreja, a Érika perguntou-me o que estaria acontecendo com a Nadine. Lembro-me também que a minha resposta foi: É que hoje ela falou com o pai dela!
Eu e a mamãe passamos por experiência similar, quando, no dia de nossa conversão pudemos orar juntos e confessar a Deus nossa total dependência d’Ele. Naquele instante estávamos falando com nosso Pai Celestial e ouvindo-lhe a voz que nos chegava ao coração, não aos ouvidos. Começamos a chorar juntos num misto de tristeza, alegria e emoção. Tristeza ao perceber que por tanto tempo estivemos tão longe de nosso Pai, alegria por tê-lo agora tão pertinho. Tristeza por perceber que vivíamos num mundo confuso, que não falava a língua dos nossos corações e alegria por poder falar com quem entendia nosso coração e nossa alma. Emoção total e mística! No dia seguinte ainda estávamos emocionados; na verdade esta emoção perdura até hoje.“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.” (Salmos 34.18)
Nas reuniões do conselho da nossa igreja, quando são entrevistados os candidatos à pública profissão de fé, normalmente os convidamos a orar no fim da conversa. Muitos choram, quando falam com Deus em oração. O Espírito Santo de Deus nos constrange, quebranta e emociona.
Tatuí, 03 de Setembro de 1997
As Escrituras
Sobre este Plano

Este é o segundo plano em que conto alguns 'causos' de nossa família, vamos juntos até o quarto plano... Que tal? Falo de coisas corriqueiras que aconteceram com os três filhos e com algum amigo agregado. Boa leitura!
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