Queda e RedençãoExemplo

QUEDA E MEDO

Todo o pesadelo começa a partir da menção da presença de certa serpente no jardim do Éden. O relato apresenta este animal com características bastante estranhas a nós. É mencionado que essa serpente falava e parecia ter patas, vindo a rastejar-se mais tarde, depois de receber a sentença de seu castigo (Gn 3.1,14).

Mas a dupla referência fica clara. A serpente animal não estava agindo sozinha. Satanás estava usando aquele animal para enganar os seres humanos:

“Esse enorme dragão, a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo, foi lançado na terra com seus anjos.” (Apocalipse 12.9 NVT).

Ela incitou aqueles humanos a desobedecer a Deus, comendo o fruto que havia sido proibido. Ela contou-lhes a mentira de que eles não morreriam e se tornariam “iguais a Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.4-5). De fato, passaram a conhecer o bem e o mal, mas não como Deus, e sim como seres mortais condenados à desgraça espiritual, moral e física e, por fim, experimentariam a morte (Gn 3.19).

A intenção de Satanás (através da serpente) com essas mentiras era destruir a comunhão do primeiro casal de seres humanos com Deus, coisa que ele mesmo havia perdido para sempre.

A inclinação dos humanos para os hábitos que interessavam à serpente seria o maior marco de sua existência. Somente a graça salvadora do Criador, por meio do sangue derramado do Cordeiro perfeito, viria a refrear tal inclinação (Rm 3.23-25).

A morte da inocência

A conversa da serpente deu certo. Adão e Eva comeram o fruto proibido e caíram. Tiveram medo ao perceber que o Senhor se aproximava. É estranho, mas o pecado nos deixa com medo da presença de Deus.

A inocência deles morreu, e isso pôde ser constatado quando se deram conta de estar nus e se envergonharam. Toda a Criação foi afetada por aquela decisão (Gn 3.17-19).

Além disso, pegaram folhas para tentar cobrir a nudez (Gn 3.7). Esse ato representa a primeira tentativa humana de se corrigir perante Deus através do esforço próprio.

Porém, em breve Deus mostraria que a relação entre Ele e os humanos jamais poderia ser restaurada através de qualquer iniciativa humana. Nada além da ação do próprio Deus poderia reparar os danos causados pelo pecado (Gn 3.21).