Quando a Morte Encontra a VidaExemplo

A COMPAIXÃO DE JESUS PELO DESASTRE NA VIDA DA VIÚVA DE NAIM

Vimos que o desastre encontrou a família da viúva de Naim, mesmo não tendo conhecimento da localização exata de sua residência e muito menos de seu nome. Uma história terrível de dor.

A dor da perda de seu filho não a impediu de preparar o funeral. Vemos que o funeral segue os ritos de sua época. A multidão a acompanha (Lucas 7.12), era costume ter as famosas carpideiras, mulheres sensíveis que ajudavam a intensificar o funeral, chorando pelo defunto alheio. Flautistas eram contratados para tocar músicas.

Ao contrário do Ocidente, no Oriente a viúva deveria ir na frente do defunto e não atrás, como é costume em alguns países ocidentais. Ela iria na frente, porém atrás dos flautistas e muito próxima das carpideiras. Ou seja, a multidão estava toda enlutada e saindo da cidade, pois o cemitério era externo, conforme o costume.

Quem poderia imaginar que alguém se compadeceria mais que as carpideiras e mais que os flautistas? Quem poderia imaginar outra multidão acompanhando Jesus com alegria (Lucas 7.11), totalmente oposta e antagônica à multidão que acompanha a viúva de Naim?

As multidões se aproximam e Jesus se compadece dela e, em seguida, pronuncia a primeira palavra à mulher. Ele disse “Não chores” (Lucas 7.13), em grego é “μὴ κλαῖε - (Mē klaie)”. Essa expressão aparece em Apocalipse 5.5. Não era necessário chorar, pois o Leão da tribo de Judá, raiz de Davi, estava presente.

Não é um simples "não chores"! É um "não chores" de quem resolve. Ninguém entende sua dor. O desastre alcançou sua família, descobriu seu endereço. Você perdeu tudo, perdeu o restinho que sobrava, mas Jesus está te dizendo: fique tranquilo, estou a caminho e vou te encontrar antes de tudo acabar, e trazer a esperança!

Te espero amanhã!

Fabiano do Ramo