Com o perdão, nova palavra e louvor!

Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará o teu louvor. (v. 15)

Há poucas décadas o conceito de pecado era bastante diferente do que é hoje. Com certeza era mais simples e claro, não havia muita dúvida sobre o que era certo ou errado. Na própria cultura havia indicativos do que era correto ou não. De trinta anos para cá, interagimos com as mídias que se popularizaram, e agora cada um “marca” sua opinião. Nesse processo, muita coisa se relativizou, pois todos têm a “sua verdade”. Não existem mais conceitos absolutos acima de nós, que nos orientem a respeito do erro, tanto na moral, quanto na ética, na cultura ou na espiritualidade. Cada um passou a protagonizar um estilo de vida próprio e a defender a sua verdade.

Honestamente, até que ponto isso é possível? Imagine, por exemplo, se cada um tiver uma medida diferente em relação ao metro, litro, grama? Isso não geraria um caos global na produção de medicamentos, de alimentos e nas relações comerciais? Como seria se em cada cidade ou país as medidas e dosagens fossem diferentes? Isso não seria algo parecido com cada pessoa ter sua própria medida de conduta e opinião sobre qualquer assunto?

Deus colocou medidas por meio de sua palavra para que aquilo que é certo pudesse ser vivido e, com isso, ter um convívio melhor. Quando o profeta aplicou a medida de Deus ao pecado de Davi, ele não teve dúvidas nem argumentos. Sabia que a medida de Deus é justa e boa, e que seu critério humano é que estava errado (2Sm 12.9-13). Diante disso, mais do que pureza de coração, o salmista desejava a nova medida do propósito de Deus, um novo critério de palavras que o levasse a um novo louvor e adoração. Seu coração clamava por isso.

Pai, ansiamos não só pelo teu perdão, mas desejamos um novo critério de vida moldado pela medida da tua palavra.