40 Dias Convivendo Com JesusExemplo

Versículo do dia

“Maria, porém, guardou todas essas coisas no coração, refletindo sobre o seu significado”. (Lucas 2.19)

Leitura do dia

Lucas 1 e 2

Amigos de Deus

Como faz na introdução ao livro de Atos dos Apóstolos, Lucas dedica o seu Evangelho a Teófilo (“amigo de Deus”, em grego), o que leva muitos a perguntarem se o evangelista se dirige a uma pessoa específica ou a todos os amigos de Deus. Nunca saberemos, e podemos nos incluir nessa lista.

Impressionante, na narrativa real do nascimento de Jesus, é o cântico de Maria, quando soube que do seu ventre nasceria o Salvador do mundo. Tocante é o cântico de Zacarias, quando celebrou o nascimento do seu filho João Batista. Notável é a obediência da família de Jesus no cumprimento das regras em vigor para que um bebê fosse abençoado.

Reflexão do dia

Aprendendo com Maria

Todos os episódios da vida de Maria mostram a intensidade com que amou.

É como Maria que devemos amar. Maria confiou sempre.

Quando o anjo lhe disse que teria um filho, sendo virgem e continuando a ser, ela confiou que assim aconteceria.

Quando Jesus se separou da caravana de peregrinos, Maria confiou na enigmática frase do menino, de que ele estava fazendo a vontade do Pai Eterno, embora ela mesma não entendesse tudo.

Quando Jesus, na festa em Caná da Galileia, lhe pediu para deixar com Ele a solução do problema da falta de vinho, ela confiou que seu filho faria o melhor.

Quando Jesus se assoberbou de trabalho, de modo a lhe causar preocupação, ela confiou que Ele sabia o que estava fazendo.

Quando Jesus anunciou que seu destino era a cruz, ela confiou que o que tinha que ser feito deveria ser feito e que Deus aprovara todas as escolhas do filho.

Quando, na agonia da cruz, Jesus pediu a João que cuidasse dela, ela confiou tanto que continuou se reunindo aos outros seguidores de Jesus.

Essa confiança gerou nela uma fidelidade inabalável.

É por isso que sua história termina como termina. O Novo Testamento, depois de tudo o que lhe aconteceu, retrata-a como parte de uma comunidade que confia, cresce e descobre o que era seguir sem Jesus fisicamente presente, guiada agora pelo Espírito Santo, com uma história a ser vivida.

Maria abriu mão de sua maternidade para ser discípula.

Como João Batista que desaparece para que Jesus apareça, Maria diminui para que Jesus cresça. Ela começa como o centro da história e termina como se fosse uma espectadora das ações de Jesus, em torno de quem a sua vida discípula também gira.

Maria surge como quem ensina (nas suas atitudes e na sua canção), mas depois ela é aquela que observa e aprende.

Maria abre mão de suas prerrogativas de mãe, para ser seguidora.

Seu filho parece aprender com ela: abre mão de sua divindade, para viver a nossa humanidade.

Maria nos ensina a ser o que nós somos: humanos. E, infelizmente, embora sejamos humanos, precisamos aprender a ser humanos.

Maria nos ensina o que é ser humano: é ser humilde.

Quando Jesus se agiganta como aquele que transforma água em vinho, ela se recolhe em suas poucas palavras: façam o que Ele mandar. O discípulo é aquele que faz o que o Mestre manda.

Maria foi abençoada porque se dispôs a se humilhar diante de Jesus, reconhecendo que suas instruções eram sempre para o nosso bem. Ao longo de sua vida, Maria demonstrou aquilo que cantou.

Deus abençoa os humildes, porque os humildes precisam da bênção de Deus, sabem que precisam da bênção de Deus e buscam a bênção de Deus.

Os humildes ouvem.

Precisamos de cristãos que ouvem.

Pensamento do dia

“O Natal é construído com base num lindo e intencional paradoxo: que o nascimento de uma pessoa sem lar seja celebrado em todos os lares”. (Gilbert K. Chesterton, 1874-1936)

Oração do dia

“Tudo o que tenho prometido, ó Deus,

Pretendo fielmente cumprir.

Quero cantar em tua homenagem

Todos os dias da minha vida”. (Salmo 61.8)