Ele venceu a morteExemplo

O PERDÃO QUE RECONCILIA E LIBERTA!

No coração do Evangelho está o perdão. Jesus foi imolado por nossos pecados, resultantes do nosso caminhar errante como pessoas e como humanidade. Na cruz, Jesus, expiou a culpa do injusto e os discípulos receberam o Espírito Santo para ministrar essa reconciliação e perdão. Como nação brasileira, isso significa que devemos reconhecer o pecado da escravidão de 5,7 milhões de africanos. Até hoje sofremos por esses 300 anos de regime escravocrata. Por sua vez, o Evangelho pede que os filhos e netos de escravos perdoem. Quando se faz um reconhecimento sincero de culpa, como indivíduo ou nação, o perdão traz grande bênção e restauração. Também devemos buscar por pontes de aproximação entre “Gregos e Troianos” de nosso país polarizado. Mas o perdão também quer ser vivido nas esferas pessoais, da família e da comunidade. A bondade e as bênçãos de Deus são derramadas onde a reconciliação acontece genuinamente. Aprendi com D. Betty minha maior lição de perdão. Judia, única sobrevivente de Auschwitz na família, vinha por mais de duas décadas, ano após ano, celebrar o Natal em nossa instituição. Participava dos estudos bíblicos nos quais estudávamos as profecias messiânicas do profeta Isaías. Ficamos amigos e tínhamos um vínculo de afeto genuíno. Impressionado, perguntei-lhe: “Como a senhora, sendo judia, tem amizade e vem ano após ano na casa de um “alemão”? Com calma e voz apaziguada ela me respondeu: “Porque um dia eu decidi perdoar! E o fiz para o meu próprio bem”. Desde então entendi que perdoar é uma decisão. Naquele momento senti uma profunda liberação de perdão e tivemos um crescimento em liberdade e afetos, até o seu final de quase um século de vida.

Sugestão de oração: Senhor, peço que me ajudes a decidir por um perdão verdadeiro, com restauração e harmonia.