Temas teológicos de ProvérbiosExemplo

Preguiça e trabalho (24.30-34)

Provérbios equipara os preguiçosos aos tolos; sua falta de produtividade leva à pobreza e à morte (6.6-10; 10.26; 15.19; 18.9; 19.15,24; 21.25; 22.13; 24.30-34; 26.13-16). Os diligentes, em contrapartida, são considerados sábios; suas atividades promovem riqueza e vida (10.4-6; 12.11; 13.4; 14.4; 31.10-27). Provérbios não hesita em zombar dos preguiçosos: com sarcasmo, compara-os a uma porta vaivém (26.14), e suas desculpas esfarrapadas são objeto de paródia (p. ex., 22.13).

O tema da preguiça surge no contraste entre duas mulheres: a Sabedoria e a Insensatez (9.1-18). A mulher virtuosa do cap. 31 reflete a diligência da Sabedoria (31.16-18). Embora seja verdade que a satisfação e o sentido de vida absoluto não vêm do trabalho dedicado (Ec 2.18-26), ainda assim os preguiçosos são condenados (Ec 4.5-6).

Deus criou Adão e Eva e os estabeleceu como cuidadores do jardim; o objetivo não era que apenas desfrutassem o local passivamente (Gn 2.15). Não somente Provérbios, mas as Escrituras como um todo confirmam que o trabalho não é resultado da queda, mas sim uma parte digna e importante da criação.