Dia a dia com os Puritanos Ingleses - Parte 2Exemplo

Caridade – Thomas Watson

O homem justo é útil a outras vidas. Ele é um salvador secular. Fecha um olho para os erros das pessoas e abre o outro para observar suas necessidades. Ele é como os Céus derramando sua influência e enviando suas gotas de prata de caridade; é o cajado para o coxo e pão para o faminto. Coloca uma muleta de ouro sob os braços dos outros quando estão caindo.

Dizem que o jovem Lorde Harrington doava um décimo de sua renda anual para fins de caridade. Assim como Maria levou seus doces perfumes para ungir o corpo de Cristo, também uma alma graciosa leva seus unguentos de caridade para ungir os justos, que são o Corpo vivo de Cristo. O homem bom considera ponderadamente que ele próprio vive de contribuição: a terra enriquece-o com filões de prata e colheitas de cereais. Um animal lhe fornece a lã, outro lhe fornece óleo, e ainda outro a seda.

Ao observar cada ser vivo cooperando para o seu bem-estar, ele pensa em dedicar-se a fazer o bem aos outros. A fé sem obras é morta (TIAGO 2:17). A fé santifica as obras e as obras testificam a fé. O crente, por um lado, recebe as virtudes de Cristo; por outro, consola seus companheiros. E ao suprir as necessidades dos pobres, ele contribui generosamente. A caridade escorre dele como a mirra escorre da árvore. Ele não coloca suas esmolas entre suas dívidas incontroláveis e agradece por Deus o ter colocado entre o número de doadores, e não de recebedores.

A fé santifica as obras e as obras testificam a fé.