Roteiros de viagem pela Terra Santa: Montanhas e vales de IsraelExemplo

Colina de Moré: Onde a ansiedade encontra sua paz

Assim como João Batista tinha Elias como seu equivalente no Antigo Testamento (Mc 9.11-13), Jesus, que veio depois de João, tinha uma conexão com Eliseu, o homem que veio depois de Elias.

A cidade de Suném ficava na base da encosta sul da colina de Moré. Ali, o profeta Eliseu ressuscitou dos mortos o filho único de uma mulher rica (2Rs 4.8-37). Séculos depois, Jesus passou pelo mesmo vale, no lado norte da colina de Moré. Junto ao portão da vila de Naim, Jesus ressuscitou o filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). A multidão que o cercava começou a dizer: “Um profeta poderoso se levantou entre nós!” e “Hoje Deus visitou seu povo!” (Lc 7.16, NVT). Ao referir-se a Jesus como “um profeta poderoso”, as pessoas fize­ram a ligação entre ele e o profeta Eliseu, que também havia ressuscitado um filho único na mesma região, séculos antes. Jesus usou não apenas seu poder, mas também uma conexão geográfica simples para reve­lar-se como mensageiro da graça de Deus.

Séculos antes de Eliseu caminhar pelo vale, Gideão teve medo de enfrentar os midianitas que estavam acampados ao lado da colina de Moré (Jz 7.1). Mais tarde, em uma batalha contra os filisteus, o rei Saul, de­sesperado, pôs fim à própria vida nas proximidades do monte Gilboa (1Sm 31.1-6).

A colina de Moré, no vale de Harode, serviu como palco para muitas situações angustiantes e nos oferece uma verdade atemporal. De onde quer que venha nossa insegurança — medo, morte ou desesperança —, em todos os casos encontramos paz ao confiar em Deus. Somente ele concede paz em situações devasta­doras, mesmo quando elas forem tão esmagadoras quanto a morte.