Roteiros de viagem pela Terra Santa: Montanhas e vales de IsraelExemplo

Monte Carmelo: O local do triunfo de Elias

Em uma terra onde água era vida, as exuberantes encostas do monte Carmelo passaram a representar nada menos que a bênção de Deus. A cadeia de montanhas se ergue a 520 metros acima do mar Mediterrâneo, e a brisa fresca do oceano deposita sua umidade durante todo o ano em forma de orvalho e chuvas abundan­tes. Nas Escrituras a área está associada a beleza, fertilidade e majestade (Ct 7.5; Is 35.2).

Uma vez que a terra não possuía outra fonte de água a não ser a chuva, o clima desempenhava papel importante no relacionamento entre Deus e seu povo. O Senhor disse que aquela era uma terra “com chuva em grande quantidade” (Dt 11.11, NVT). Os termos hebraicos deste verso estão relacionados e são uma interessante indicação de que o povo de Deus extraía sua existência do céu. Por essa razão, quando as encostas verde­jantes do monte Carmelo secavam por causa da ausência de chuva, isso representava o julgamento de Deus contra o pecado e a rebeldia (Is 33.9; Am 1.2; Na 1.4). A falta de chuva significava que o Senhor estava cha­mando seu povo de volta para ele.

Ainda hoje se vê uma paisagem deslumbrante no topo do monte Carmelo. É o local de um mosteiro cha­mado Muhraqa, que significa “queimar”. O nome se refere ao famoso embate entre Elias e os profetas de Baal (1Rs 18). Depois de três anos de seca, Elias orou e fogo desceu do céu, engolindo o sacrifício — incluindo muitos litros de água valiosa e sustentadora de vida! Não foi surpresa que as pessoas tenham se voltado para Deus. Mais tarde, no mesmo dia, caiu chuva na região.

A seca e a chuva — ambas resultado do nível de devoção do povo de Deus— nos oferecem um princípio atemporal de esperança: Deus pode trazer disciplina sobre nossa vida a fim de que nos arrependamos para que, assim, ele possa nos trazer bênção no tempo por ele determinado.