Ele será chamadoExemplo

Pai da Eternidade

No devocional de hoje, nossa meditação se volta para o terceiro nome atribuído ao Messias em Isaías 9.6: Pai da Eternidade. Este título revela a natureza eterna de Cristo e sua relação constante e protetora com o Seu povo.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."

Terceira característica: Pai da Eternidade.
O caldeu traduz esta expressão como “o homem que permanece para sempre”; a Vulgata, como “o Pai da era futura” ou “o Pai da era eterna”. Literalmente, significa o Pai da Eternidade.

A palavra traduzida como “eterno” denota propriamente eternidade e é usada para expressar a ideia de “para sempre”. Os hebreus aplicavam o termo pai em vários sentidos, como pai literal, avô, ancestral, governante ou instrutor. Assim, a expressão pode significar “Pai Eterno”, indicando que o Messias jamais deixará o seu povo desamparado após um breve reinado, como acontece com reis terrenos, mas os governará e abençoará para sempre.

De acordo com um costume comum nas línguas hebraica e árabe, aquele que possui algo é chamado de pai dele: o “pai do conhecimento”, o “pai da glória”, o “pai da bondade”. Dessa forma, “Pai da Eternidade” expressa que Cristo é o próprio eterno, Aquele que existe desde sempre e para sempre.

Esse atributo é amplamente aplicado ao Messias no Novo Testamento, como nas palavras de Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8.58 - ARA).

Cristo é o Pai com relação aos homens escolhidos, que Lhe foram dados como filhos e descendência na aliança. Eles são adotados em Sua família, recebem Seu nome e são regenerados pelo Seu Espírito e graça.

O “EU SOU” existia antes de todas as coisas; foi estabelecido desde a eternidade e possuía glória com o Pai antes que o mundo existisse. Nele está a eleição eterna e com Ele foi feita a aliança eterna (Hb 2.5).

A antiga dispensação legal representava o “mundo presente” dos santos do Antigo Testamento, mas, com a vinda de Cristo, surgiu um novo estado, o “mundo vindouro”, do qual Ele é o Pai e autor. Assim como a lei veio por meio de Moisés, o pai da dispensação legal, a graça e a verdade vieram por meio de Cristo, o Pai da dispensação do Evangelho.

As doutrinas e ordenanças do Evangelho vêm Dele, e Ele é também o Pai do estado glorioso que virá após a ressurreição, o estado da Nova Jerusalém e da glória eterna.

Aplicação:

Quando o tempo parecer fugir do seu controle e o futuro te causar medo, lembre-se: o Pai da Eternidade dirige cada instante da tua vida. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre, e nada acontece fora do Seu cuidado eterno. Que, neste Natal, o teu coração descanse na segurança de saber que estás nas mãos do Deus que é eterno.
E no próximo devocional, compreenderemos ainda mais sobre o Messias ao meditarmos no significado do nome Príncipe da Paz.