Aconteceu em Belém: Poesias para o NatalExemplo

A Visita dos Magos
Havia no Oriente,
Além dali,
Uns magos.
Estudiosos das Escrituras,
Sabedores das ciências
E dos astros.
Ao verem aquela estrela
Absoluta e única,
Se admiraram.
Confrontaram
Escrituras
E ciência
E se encantaram.
Analisaram
Detalhadamente
A sua luz
E souberam
Não ser aquela estrela
Apenas uma
Mas o sinal do Messias
Como os profetas disseram.
E aqueles magos
Impressionados
A seguiram,
Por sua luz se guiaram
Na jornada
Levando ouro,
Levando incenso,
Levando mirra
Mas principalmente
Levando
A alma encantada.
Foram semanas sem fim
De caminhada
Pelo deserto
Que longa viagem...
Os magos
Acompanhados
De convicção
E coragem.
Foram semanas a fio
Caminhando sob o vento,
Matando a fome,
Vencendo o frio,
Seguindo a estrela
Deserto adentro.
Estudiosos,
Não eram Reis,
Mas orientavam os Reis.
Pesquisadores,
Não eram Reis,
Mas conselheiros dos Reis.
Iniciados,
Não eram Reis,
Mas davam suporte aos Reis.
E embora
Não se saiba
Com certeza,
É bem possível
Talvez,
Que fossem, os magos,
Realmente, Três.
Os magos
Que vieram do oriente,
Seguindo a estrela,
Convictos,
Admirados.
Eles não viram
E creram.
Os três Reis Magos Abençoados.
***
Por estarem convencidos
Das verdades que encontraram
Em muitos tratados lidos
E profetas que estudaram
Por estarem decididos
Por estarem preparados
Após textos traduzidos
Após roteiros traçados,
Partiram desde o oriente,
Seguiram sem rumo certo,
Caminhando sempre em frente,
Atravessando o deserto,
Passaram-se longos dias,
Cruzaram nomes e gentes,
Enfrentaram noites frias,
Assistiram dias quentes,
Deixaram pátria distante
Buscando terras além,
Seguindo para adiante
Na direção de Belém.
Era uma estrela seu guia,
Uma certeza seu dom,
Uma luz sua companhia,
O uivo do vento seu som...
Seguiram, mas sem certezas,
Sem mapas, sem rumo certo,
Viveram muitas surpresas,
Perigos sempre por perto:
Areais e tempestades,
Bandidos e saqueadores,
Armadilhas, falsidades,
Embusteiros, impostores...
Nada disso enfraquecia
Seu ânimo, sua certeza
Que a cada momento crescia
Em força e delicadeza.
Quanto terão viajado?
Quantas noites sem dormir?
O que terão suportado
Sem pensar em desistir?
Sem ter certeza de nada,
Sem nenhuma garantia,
Em sua longa jornada
A caravana seguia.
Que força a mantinha inteira?
Essa obstinação de onde vinha?
Que vontade verdadeira,
Que persistência a mantinha?
Ninguém imagina o quanto
Caminharam, decididos.
A muitos causaram espanto,
Outros nem lhe deram ouvidos,
Alguns tantos estranharam
Outros mais não entenderam,
Certamente uns discordaram,
Para alguns, enlouqueceram,
Mas partiram do Oriente
Os magos, naqueles dias,
Convencidos plenamente
De que era a vez do Messias.
E sequer imaginaram
De que forma o encontrariam.
Conversavam, conversavam,
Mas no final não sabiam.
Seguiam os magos, e iam
Levando em seu coração
Sua certeza que tinham
Em grande convicção.
Abençoados senhores,
Convictos homens de bem,
Doces magos, sonhadores
No caminho de Belém.
***
Ah, meu menino
Recém nascido,
Não esperávamos encontrar-te assim
Tão doce
Tão lindo
Tão desprotegido
Num lugar aparentemente tão ruim.
Ah, meu menino,
Tu és o Messias,
O Salvador do povo de Israel.
Julgamos encontrar-te
Em berço de ouro,
Banhado em aromáticos
Leite e mel,
Cercado de um exercito poderoso,
E de honrarias
Dignas de um Rei.
Eis que te encontramos
Numa manjedoura,
Envolto em panos,
Subvertendo a Lei.
És Rei, menino,
Teu nascimento
No cocho frio de numa estrebaria
É como se fosse um código,
Um sinal.
Essa pobreza aparente
E esse desamparo
Escondem o seu poder
Descomunal
Que arrastará o mundo
Em teu caminho
E a Terra toda
Ao teu reinado santo.
És Rei, menino,
O Cristo Salvador,
Que cobrirá
O mundo inteiro
Com teu manto.
Teu pai e tua mãe.
Quanta ternura.
Pastores,
Os primeiros convidados.
Teu nascimento,
Messias, menino,
Repleto de sinais
E significados.
Recebe este ouro,
Menino Rei,
Ainda que o teu Reino seja mais
Glorioso,
Grandioso
E Magnífico,
Fonte incessante
De luz e paz.
Recebe esse incenso, meu Rei
Como um sinal
Da natureza da tua verdade,
Pois, frágil, és forte,
Pequeno, és grande,
E o teu valor
É tua espiritualidade.
Recebe esta mirra,
Cristo criança,
Que te entrega quem o faz
Com o coração partido
Conquanto ela é
O alivio para a dor
Que até o fim tu terás
De ter sofrido.
Menino doce,
Menino pobre,
Menino Rei,
Em espírito Te adoramos.
Viemos de duríssimos
Dias e noites,
Estamos cansados,
Mas aqui estamos.
Recebe essa visita
De homens comovidos
E emocionados diante
Da tua presença,
Criança doce,
Criança pobre,
Criança linda
E de ternura imensa.
Silencio...
Magos ajoelhados
Murmuram algo
Em forma de oração.
Menino Jesus,
Permite este momento
Que é de silencio
E de adoração.
As Escrituras
Sobre este Plano

Venha reviver a história do Natal através de poesias inspiradas nos Evangelhos. Cada poema é acompanhado do versículo bíblico que o inspira, guiando você desde a viagem de José e Maria até Belém, passando pelo nascimento de Jesus, a visita dos pastores e magos, o martírio dos inocentes e o crescimento do Menino. Mais que uma leitura, é um convite à adoração e à esperança que nasceu naquela noite santa.
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Gostaríamos de agradecer ao ElpisZoe por fornecer este plano. Para mais informações, visite: instagram.com/elpiszoe









