Trabalhar para a glória de Deus

Uma das marcas da Reforma foi resgatar a ideia de que todo trabalho tem valor diante de Deus. Naquele tempo, a mentalidade dominante era que apenas o serviço religioso tinha verdadeiro peso espiritual. Mas os reformadores lembraram que a Bíblia mostra outra realidade: cada vocação, seja varrer uma rua, ensinar uma criança ou liderar uma empresa, pode e deve ser vivida para a glória do Senhor.

Paulo escreveu aos colossenses que devemos fazer tudo como quem serve a Cristo, e não a homens. Isso muda completamente nossa perspectiva: não trabalhamos apenas por um salário, reconhecimento ou status, mas como quem oferece cada esforço como adoração.

Quando entendemos isso, até tarefas simples e invisíveis ganham dignidade. O cristão não separa o “sagrado” do “secular”: tudo é de Deus. Assim, cada reunião, cada projeto, cada e-mail enviado, pode ser parte da nossa espiritualidade diária, porque nosso trabalho se torna altar.

A pergunta não é o que eu faço, mas como e para quem eu faço. O mundo nos ensina a trabalhar para construir nossa identidade, mas o evangelho nos lembra que nossa identidade já está em Cristo — e é isso que nos dá liberdade para trabalhar com excelência, mas sem idolatrar o trabalho.

Para refletir:

Quando você olha para a sua rotina profissional ou de estudos, o que precisaria mudar para que o seu trabalho seja uma expressão de adoração a Deus e não apenas uma obrigação?