A tentação dos holofotes

Vivemos numa geração onde tudo pode se tornar palco. O Instagram, o LinkedIn, o púlpito, a sala de aula, até mesmo as pequenas conversas do dia a dia. O perigo da autopromoção é real, porque a busca por reconhecimento sempre encontra espaço em nosso coração. O problema não é ser visto, mas buscar ser visto para ser exaltado.

Jesus foi direto: dar esmola, jejuar, orar, servir… tudo isso perde valor diante de Deus se for feito com intenção de aplauso humano. A lógica do Reino é oposta: quem quiser ser grande precisa ser servo; quem se exalta será humilhado.

Na Reforma, uma das grandes denúncias foi justamente contra líderes religiosos que usavam a fé como palco de poder, enriquecimento e prestígio. Hoje, o cenário mudou de forma, mas o coração humano continua o mesmo. Podemos usar até dons espirituais ou ministérios como vitrine pessoal.

O antídoto contra a autopromoção não é se esconder, mas viver para a glória de Deus. Isso significa entregar os frutos do que fazemos como oferta a Ele, não como moeda para a aprovação alheia. Significa lembrar que o aplauso mais importante já ecoa do Céu: “Este é o meu Filho amado, em quem tenho prazer.”

Para refletir:

Onde você tem buscado reconhecimento: diante de Deus ou diante das pessoas? Será que alguma área da sua vida espiritual ou profissional se tornou palco para a autopromoção?