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1 SAMUEL 1

1
Nascimento e infância de Samuel
1Havia um homem chamado Elcaná, do clã de Suf a viver nas montanhas de Efraim, oriundo de Ramá. Era filho de Jeroam e neto de Eliú e pertencia à família de Toú, do clã de Suf de Efrata#1,1 Ou: de Efraim. Ramá. Cidade situada a uns 35 km a oeste de Jerusalém.. 2Era casado com duas mulheres: uma chamava-se Ana e a outra, Penina. Penina tinha filhos, mas Ana não. 3Elcaná ia todos os anos em peregrinação ao santuário de Silo para adorar e oferecer sacrifícios a Deus, todo-poderoso#1,3 Silo ficava situada a uns 30 km a norte de Jerusalém. Naquele tempo era um santuário religioso muito importante, porque era ali que estava a arca da aliança (Js 18,1–10). Depois de David conquistar a cidade de Jerusalém aos jebuseus, transladou-a de Silo para Jerusalém. Deus todo-poderoso. Em hebraico, Deus dos exércitos. Algumas vezes significa Deus dos exércitos celestes, Senhor do Universo.. Hofni e Fineias, filhos de Eli, estavam lá como sacerdotes do Senhor.
4No dia próprio, Elcaná oferecia o sacrifício ao Senhor e dava a porção de carne correspondente a Penina e a cada um dos seus filhos. 5Ele amava muito Ana, mas só lhe dava a porção que lhe correspondia a ela, porque o Senhor não lhe tinha dado filhos.
6Penina, a sua rival, atormentava-a e humilhava-a continuamente, porque o Senhor não lhe tinha dado filhos. 7Isto acontecia todos os anos, quando ela ia ao santuário do Senhor. Penina atormentava Ana de tal modo que Ana se punha a chorar e deixava de comer. 8Elcaná, seu marido, dizia-lhe: «Ana, por que é que choras? Por que não comes? Por que estás tão triste? Porventura não sou para ti mais que dez filhos?»
9Um dia, depois de ter terminado a sua refeição no santuário de Silo, Ana levantou-se. O sacerdote Eli estava sentado no seu lugar, junto da porta do santuário. 10Ana estava muito triste e, enquanto orava ao Senhor, as lágrimas caíam-lhe abundantemente. 11E fez esta promessa solene: «Senhor, todo-poderoso, olha para a amargura da tua serva e lembra-te de mim! Não te esqueças da tua serva! Se me concederes a graça de ter um filho, eu hei de o consagrar ao Senhor por toda a sua vida e o seu cabelo nunca será cortado#1,11 Nunca será cortado. Sinal de consagração ao serviço do Senhor, como nazireu. Ver Nm 6,2–5; Jz 16,17; Lc 1,15.
12Ana já estava há muito tempo em oração no templo e o sacerdote Eli começou a ver se percebia o que ela dizia. 13Ela orava só para si. Apenas os seus lábios se mexiam, mas sem se ouvir a sua voz. Por isso, Eli pensou que ela estava embriagada 14e disse-lhe: «Até quando continuarás embriagada? Vai curtir a bebedeira para outro sítio!»
15Ana respondeu-lhe: «Não é isso, meu senhor! Eu sou uma mulher que sofre. Não bebi vinho nem outra bebida alcoólica. Apenas estava a contar as minhas mágoas ao Senhor Deus. 16Não penses que eu sou uma mulher atrevida. Por causa da minha grande aflição e desgosto é que eu tenho estado a falar assim até agora.»
17Então o sacerdote Eli disse-lhe: «Vai em paz e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste.» 18Ela respondeu-lhe: «Possa eu ser sempre bem acolhida por ti, meu senhor!» Então ela foi-se embora, comeu alguma coisa e já parecia que tinha outra cara.
19No dia seguinte, Elcaná e a família levantaram-se cedo, foram orar uma vez mais ao santuário e regressaram a casa, na cidade de Ramá. Elcaná teve relações com a sua mulher Ana e o Senhor ouviu a sua oração. 20Com o passar dos dias Ana ficou grávida e deu à luz um filho a quem pôs o nome de Samuel, «porque foi ao Senhor que eu o pedi», dizia ela#1,20 Em hebraico há uma certa semelhança entre o nome Samuel e o verbo “shamá” que significa pedir..
21Chegou o tempo de Elcaná ir novamente ao santuário de Silo com toda a sua família para oferecer ao Senhor o sacrifício anual e cumprir a promessa#1,21 Ver Lv 7,16.. 22Mas Ana não foi com ele e apresentou esta razão ao marido: «Esperemos que o menino seja desmamado; depois eu levo-o e apresento-o no santuário do Senhor e lá ficará por toda a sua vida.» 23Seu marido, Elcaná, disse-lhe: «Está bem! Faz como melhor te parecer. Fica em casa até desmamares o menino. E que o Senhor confirme a promessa.» Ana ficou em casa e amamentou o filho até à idade própria.
24Depois de o ter desmamado, Ana levou o seu filho ao santuário de Silo. Levou também um bezerro de três anos, uma medida de farinha e um odre de vinho. E o menino era ainda muito pequeno. 25Depois de terem oferecido o bezerro em sacrifício, entregaram a criança a Eli. 26Ana disse-lhe então: «Desculpa, meu senhor! Eu sou aquela mulher que esteve aqui a orar ao Senhor, próximo de ti. 27Era para ter este filho que eu pedia e o Senhor atendeu o pedido que lhe fiz. 28Agora entrego-o ao Senhor e ficará para sempre ao seu serviço, pois ele foi consagrado ao Senhor.» E então inclinaram-se por terra, adorando o Senhor.

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